domingo, 8 de março de 2009

Acalasia

Acalasia

(Cardiospasmo; Aperistaltismo Esofágico; Megaesôfago)

É um distúrbio esofágico neurogênico, de etiologia desconhecida, que cau-sa alteração do peristaltismo esofágico e do relaxamento do esfíncter inferior do esôfago. A condição pode ser conseqüência da disfunção do plexo mientérico do esôfago que resulta em denervação do músculo esofágico.

Sintomas e sinais

A acalasia pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente começa entre os 20 e 40 anos. A disfagia, tanto para sólidos quanto para líquidos, é o sintoma principal; outros sintomas incluem dor torácica, regurgitação ou tosse noturna. O início é insidioso e a progressão é gradual por muitos meses ou anos. A pressão aumentada no esfíncter esofágico inferior produz obstrução com dilatação se-cundária do esôfago. A regurgitação noturna de comida não digerida ocorre em um terço dos pacientes e pode causar aspiração pulmonar com formação de abscesso, bronquiectasia ou pneumonia. A dor torácica é menos comum, mas pode ocorrer durante a deglutição ou espontaneamente. A perda de peso é ge-ralmente leve a moderada. Quando a perda de peso é intensa, particularmente no indivíduo idoso, cujos sintomas de disfagia tenham rápida evolução, deve-se pensar na acalasia secundária a uma neoplasia da junção gastresofágica.

Diagnóstico

O raio X do esôfago demonstra a ausência de contrações peristálticas pro-gressivas durante a deglutição. O esôfago é dilatado e freqüentemente atinge proporções enormes, mas é estreitado e semelhante a uma chama de vela inver-tida no esfíncter esofágico inferior. A manometria esofágica mostra aperistalse, pressão elevada no esfíncter esofágico inferior e relaxamento incompleto do esfíncter com a deglutição. A esofagoscopia revela dilatação porém com ausên-cia de lesão obstrutiva. O esofagoscópio geralmente passa com facilidade dentro do estômago; a dificuldade de se passar aumenta a possibilidade de estenose ou neoplasia maligna. Um aumento da sensibilidade das estruturas denervadas a estímulos farmacológicos (p. ex., metacolina) pode geralmente ser demonstrado manometricamente, mas pode estar associado a efeitos adversos e é raramente necessário para se fazer o diagnóstico. A acalasia dever ser diferenciada do carcinoma estenosante distal e da estenose péptica; isto é particularmente importante no paciente com esclerodermia, cuja manometria também pode mostrar aperistalse. A 1880 esclerodermia geralmente se acompanha por história de fenômeno de Raynaud e por sintomas de refluxo gastresofágico. Deve-se fazer em todos os pacientes uma retrovisão da cárdia, biópsias e citologia de lavados para se excluir doença maligna.

Prognóstico

A aspiração pulmonar e o carcinoma secundário são os fatores prognósti-cos determinantes. A regurgitação noturna com tosse sugere a possibilidade de aspiração. As complicações pulmonares secundárias à aspiração são difíceis de se manipular. A incidência de carcinoma do esôfago em pacientes com acalasia é de cerca de 5%, embora provavelmente seja menor na literatura recente.

Tratamento

O objetivo do tratamento é reduzir a pressão e assim a obstrução no esfíncter esofágico inferior. A dilatação pneumática ou forçada do esfíncter com dilatadores de Mosher ou de Browne-McHardy ou Rigiflex ® é indicada inicialmente, pois os resultados são satisfatórios em 85% dos pacientes; no entanto, dilatações repetidas podem ser necessárias. A ruptura esofágica com mediastinite secundária, que exige cirurgia, ocorre em <>

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